O mapa do sueco Olaus Magnus da Escandinávia medieval foi originalmente impresso em uma pequena quantidade de tal forma que foi perdido e esquecido por quase 300 anos. Levou 12 anos para o cartógrafo criar, e foi finalmente publicado em 1539 sob o título “Carta Marina.” Apenas duas cópias originais foram encontradas – uma em Munique, e outra adquirida pela Biblioteca da Universidade de Uppsala.
Como outros mapas antigos, o de Magnus é surpreendentemente preciso, especialmente considerando que foi feito por um cartógrafo amador sem ferramentas modernas.
O mapa original tem uma série de redemoinhos desenhados sobre as águas em torno da Escandinávia. Reproduções foram feitas em em cobre em 1572, mas por causa do meio e a escala muito menor, a maior parte dos detalhes foram perdidos, incluindo os redemoinhos. Foi somente com a redescoberta do mapa original muito mais detalhado que as “decorações” foram finalmente compreendidas. Uma comparação de imagens térmicas modernas mostra que muitos dos redemoinhos e símbolos no mapa correspondem com fenômeno oceânicos.
Quando a corrente do Golfo encontra as águas mais frias do norte, as diferentes de temperatura criam enormes correntes em espiral. Estas são marcadas neste mapa de 1539.
Muitos dos detalhes que estão no mapa vieram de histórias que Magnus ouvia de marinheiros e pescadores, que foram capazes de apontar exatamente onde estes fenômenos ocorriam. Eles também contaram histórias de monstros do mar, que Magnus também incluiu no seu mapa, juntamente com descrições completas dos monstros em um texto.
São estes desenhos que realmente são surpreendentes. Alguns são interpretações de criaturas que agora sabemos que são reais, como a arraia, o polvo, o peixe-espada, e a morsa – animais que eram considerados monstros na época. O mapa também alerta para ilhas que não eram realmente ilhas, mas sim campos de caça de criaturas enormes tentando enganar os marinheiros para fazer desembarcar nelas, somente para puxá-los para a água.
Apesar de uma boa dose de imaginação, muitos destes seres fantásticos eram inspirados em animais reais, que ganharam uma versão marinha grotesca, incluindo serpentes marinhas engolindo barcos, bestas mitológicas, entre outros.
Magnus tinha deixado sua Suécia natal e se mudou para a Itália a fim de preservar o seu direito de praticar sua fé católica. Para a maioria das pessoas em Roma, o norte era uma terra maravilhosa e misteriosa, e o mapa de Magnus, sem dúvida, fortaleceu essa visão.
Fonte: www.misteriosdomundo.com