Moedas de 2 mil anos são achadas em caverna.

Uma reserva preciosa de moedas do período romano e do final da Idade do Ferro - o último período usado para classificar as sociedades pré-históricas - foi descoberta em uma caverna onde permaneceu intacta por mais de 2 mil anos.
O tesouro foi encontrado em Dovedale, no condado de Derbyshire, no centro da Inglaterra, por um indivíduo que se deparou inicialmente com quatro moedas. A descoberta deu início à escavação completa do local.
Segundo especialistas, é a primeira vez que são
 encontradas moedas do período romano e do
final da Idade do Ferro enterradas juntas.
Segundo especialistas, é a primeira vez que se encontram moedas dessas duas civilizações distintas enterradas juntas.

'Riqueza e poder'

Os arqueólogos descobriram 26 moedas, incluindo três do período romano, que datam de antes da invasão das ilhas britânicas pelo Exército de Roma, em 43 d.C.
Foram encontradas também 20 peças de ouro e prata que datam dos últimos anos da Idade do Ferro, que na Grã-Bretanha engloba o período 800 AC-100 DC. Os artefatos pertenceriam à tribo Corieltavi, que vivia na ilha antes da invasão romana.
Apesar de moedas romanas serem normalmente encontradas no campo, acredita-se que esta seja a primeira vez que elas são encontradas em uma caverna.
"As moedas sugerem a quantidade de riqueza e poder do indivíduo que as possuía", disse a arqueóloga da entidade britânica do patrimônio histórico, o National Trust.
"Durante a Idade do Ferro, moedas eram usadas mais como um símbolo de poder e status do que para comprar e vender alimentos e outras necessidades."

'Descoberta emocionante'
O maior tesouro de ouro e prata da Idade do Ferro já encontrado na Grã-Bretanha foi descoberto por um arqueólogo amador próximo a Hallaton, no condado de Leicestershire, no ano 2000.
Mais de 5 mil moedas, jóias e um capacete romano banhado a prata estavam entre os tesouros encontrados durante a escavação.
O curador de moedas romanas e da Idade do Ferro do Museu Britânico, Ian Leins, disse que apesar de não ser tão numeroso quanto a descoberta de Hallaton, o tesouro encontrado em Dovedale é "emocionante".
Pela primeira vez, a National Trust contou com a ajuda de ex-soldados que estiveram no Afeganistão para ajudar na escavação.
As moedas foram limpas por especialistas em conservação do Museu Britânico e da University College London, e ficarão expostas permanentemente no museu de Buxton a partir do final deste ano.

Fonte: www.noticias.uol.com.br/

Você está preparado para a temporada de invasões e saques vikings?

A Dinamarca é a histórica e espiritual casa dos Vikings. ancestrais dinamarqueses que exploraram, instalaram-se, comercializaram e saquearam pelo mundo afora durante o período histórico conhecido como a era Viking
Uma vez temido na Europa por invasões e saques, os vikings de hoje são pacíficos e há muito tempo trocaram seus barcos longos por bicicletas.
Mas se você quer tirar gosto da cultura Viking e o jeito deles de viver, não pode deixar de conhecer a Dinamarca!
Jelling, na Jutlândia, é um Patrimônio Mundial da UNESCO. O lugar perfeito para você poder caminhar entre runas com milhares de anos, colocadas no local pelos reis vikings e que ainda estão de pé no meio de enormes túmulos. Em uma das maiores pedras, pode-se ler uma inscrição do Rei Harald Bluetooth. Esta certidão de nascimento nacional afirma que ele uniu a Dinamarca e trouxe o cristianismo para o novo reino. O centro de visitantes, Jelling Real, te levará pela história dos monumentos de mais de 1.000 anos, enquanto que o Museu Pré-histórico de Moesgård possui muitas outras fascinantes pedras rúnicas vikings.
Monumentos Vikings
A Dinamarca está coberta de monumentos vikings. O Barco Ladby (Ladby Ship) em Funen é um barco viking em que um chefe viking foi enterrado com todas as suas posses. Também em Funen, está a pedra rúnica de Glavendru, que mostra a mais longa inscrição viking. Você também pode visitar a vasta área em forma de barcos dos montes funerários vikings. Em Lindholm Høje, próximo a Aalborg, você pode caminhar pelo maior cemitério antigo da Escandinávia. E que tal fazer uma excursão por todos os tesouros vikings?
Os vikings dominaram a região graças ao seu forte domínio do mar e suas habilidades como construtores de barcos, assim como guerreiros. A aproximação de seus barcos espalhava o medo no coração das pessoas e você pode testemunhar este poder no Museu do Barco Viking em Roskilde. Por lá, cinco barcos vikings originais estão expostos, tendo sido resgatados do fundo de um fiorde nas redondezas.
Dentre todas as relíquias vikings ainda visíveis, suas fortalezas circulares são algumas das mais impressionantes. Caminhe por entre algumas das maiores no Castelo de Trelleborg e Fyrkat. Todos estes locais têm museus fascinantes para que você possa descobrir mais e ver artefatos encontrados nas fortalezas. No verão, você pode aproveitar os mercados vikings e as encenações de suas  batalhas.

Fonte: www.embarquenaviagem.com

Relações entre empregado e empregador na Idade Média? Ou uma espécie de relação pai-filho?

Na sociedade medieval os relacionamentos humanos não eram tanto baseados nos contratos de serviço, mas nos contratos pessoais em que um homem se dá inteiro e recebe uma proteção total. 

Patroa e criados na colheita: relacionamento
de alma
Hoje, os contratos entre patrão e empregado, ou entre patrão e patrão, empregado e empregado, são contratos trabalhistas, contratos de compra, venda, empréstimo, etc., e locação de serviços.

Esse tipo de contratos está restringido aos interesses e vantagens particulares legítimos.

Porém, não se pode dizer que atendem a todos os desejos de relacionamento que existem no homem. 

Trata-se de contratos legais onde o relacionamento de alma é secundário ou está ausente. Esta ausência deixa um vazio no espírito. 

A sociedade medieval apanhou perfeitamente essa ausência na locação de serviços entre empregador e empregado. 

Aliás, as palavras empregador e empregado são muito boas para o mundo do metal e do dinheiro.

Por exemplo, uma cozinheira que vai trabalhar a uma casa às tantas horas, faz o almoço todos os dias, sai, e volta para fazer o jantar. Depois ela recebe o pagamento no fim do mês. E com isto estão esgotadas as relações. 

O que o patrão faz fora do jantar, o que a cozinheira faz fora da hora de trabalho? Cada um ignora quase tudo a respeito do outro. 

A relação é: eu sou o que come e paga, ela é a que trabalha e vive do que eu dou para ela. Fora disto os contratos humanos estão inteiramente suspensos, não existem entre empregador e empregado.

Por isso o relacionamento é realmente entre empregador e empregado, porque a única relação que há é um emprego de caráter econômico. A expressão então é justa.

Mas, na Idade Média, a palavra patrão continha muito mais. Patrão vem da palavra latina pater, ou seja, pai, com todos os ponderáveis e imponderáveis que a palavra pai traz consigo. 

E a palavra criado vem da ideia de criação, quer dizer a pessoa criada dentro da casa, como uma espécie de filho ou filha, com todos os ponderáveis e imponderáveis dos relacionamentos que há entre pai, mãe e filhos.

Os patrões cuidavam dos criados como se fossem
outros filhos, dignificando-os
Então o contrato entre criado e patrão medieval tomava o homem todo também.

Quando o criado entrava a trabalhar na casa do patrão era obrigado, antes de tudo, a morar na casa dele, a viver uma vida entrelaçada com a dele, contente com todos os fatos bons para o patrão, triste com todos os fatos ruins para essa forma de pai.

O casamento de um filho ou de uma filha, um filho que se formava um bom negócio que o patrão fazia, uma viagem, uma promoção, era para o criado um título de alegria, e ele participava do feliz sucesso. 

Mas assim como o criado se dava completamente ao patrão, o patrão também se dava completamente ao criado.

E essa proteção atingia também aos filhos do criado, sua parentela, até mesmo quando, por alguma razão, ele deixava a casa.

Isto era algo muito semelhante, no nível doméstico ou do ofício, à vassalagem entre senhores feudais. 

O vassalo pertencia ao seu senhor e a quem o senhor pertencia. Não como escravo, mas numa situação que era, de certo modo, uma prolongação da paternidade.

Por outro lado, na escala da nobreza, era a mesma coisa dos nobres inferiores em relação aos superiores e assim por diante, até chegar ao rei.

Conta-se que na noite de 10 de agosto de 1792, quando os revolucionários foram atacar o castelo das Tulherias, este castelo estava cheio de nobres acorridos dos fundos das províncias, alguns trazendo armamentos do tempo das guerras de Religião.

Por quê? Porque eles consideravam-se pertencer inteiramente ao rei, porque participavam da pessoa e da dignidade do monarca. E, portanto, se sentiam obrigados a derramar pelo rei seu próprio sangue. 

Eles recebiam do rei todo o seu ser, tudo quanto eles eram. Mas de outro lado, eles davam tudo pelo rei. Era um contrato de homem a homem que toma por inteiro.

Episódios análogos se deram com os camponeses e domésticos defendendo as terras ou o castelo do patrão.
Relacionamento de alma, mais do que
de dinheiro

Todos estes traços característicos do relacionamento pessoal na sociedade medieval existiam na Igreja Católica. E, às vezes, tinham sido criados pela própria Igreja.

Depois do Vaticano II estabeleceu-se por via de fato, entre o bispo e seus padres uma relação mais parecida com o frio – mas legítimo – contrato entre empregador e empregado.

Porque o padre trabalha para o bispo. E o bispo é um gerente dos padres. Mas, como a palavra gerente diminui, depaupera, avilta a dignidade do bispo!

Como deforma a realidade dizer que o padre é um empregado do bispo!

Em sentido diverso, qual era o relacionamento medieval do padre com o bispo?

O padre se dá à diocese. E dando-se à diocese, ele se entrega e passa a pertencer ao bispo. E por isso, um padre diz a verdade quando diz que é padre de tal bispo.

Por outro lado, o bispo também se dá à diocese e ao seu clero. 

E por causa disto, o padre tinha uma dedicação pelo bispo que chega até ao derramamento de sangue. E vice-versa.

Muito mais frisante é isto nas Ordens religiosas, onde o religioso se dá à Ordem completamente na pessoa do abade ou superior, e onde o superior se dá à Ordem completamente. 

Estas relações se parecem extraordinariamente com o princípio da sociedade temporal medieval. E muitas vezes, foram os religiosos – notadamente, os beneditinos – que passaram esse relacionamento de alma à sociedade.

Não havia um contrato de trabalho meramente material, argentário ou de interesses. 

O contrato de trabalho é necessário, mas é apenas um dos elementos integrantes de toda uma situação humana de relações afetivas, de contatos morais, de gostos comuns, que se estabelecem na vida real sempre que dois ou mais se relacionam. 

Dessa maneira, temos uma noção muito mais verdadeira, aconchegante, simpática e protetora do que era a civilização medieval.

Fonte: http://cidademedieval.blogspot.com.br/

O caso da Groenlândia Nórdica

Colonizada pelo briguento viking Eric, o Vermelho, a 2.500 quilômetros da Noruega, os habitantes da Groenlândia Nórdica desapareceram 400 anos depois da sua chegada. O que aconteceu com a poderosa sociedade viking?

Colonização 

Na história da colonização do Ártico, são recorrentes os casos de civilizações que surgiram e repentinamente desapareceram. O clima é frio, instável, inclemente, e suas oscilações são responsáveis pelo aparecimento e desaparecimento de plantas e animais. Na época da colonização nórdica, a ilha passava por um período de clima ameno. A vegetação se espalhou a ponto de o viking Eric batizar o lugar de "terra verde". O nome otimista motivou três frotas de colonos a rumar para o local. Estabeleceram-se no ano 1000. Construíram igrejas e fazendas, reproduzindo o modelo de vida que conheciam na Europa. Era o posto mais avançado da civilização europeia. 

Sociedade 

Os vikings eram violentos e conservadores. Foram dos últimos povos europeus a se converter ao catolicismo. Registros de contatos com povos nativos descrevem banhos de sangue. Queimavam mulheres na fogueira como bruxas e resolviam seus problemas no machado. 
A sociedade funcionava como uma federação livre, sem moeda ou economia estabelecida, dividida em feudos controlados por chefes e pelo clero. Nenhuma das fazendas era autossuficiente; dependiam de trocas para a subsistência. No auge da ocupação, chegaram a ter 250 fazendas, com 20 pessoas cada uma e edificações dispostas em torno das igrejas. 
Durante o verão, caçavam focas, deixavam o gado pastar, produziam laticínios, cortavam madeira, faziam negócios com barcos que chegavam da Europa, produziam e estocavam feno. Tudo planejado para a sobrevivência no inverno, quando ficavam enclausurados tecendo, planejando novas habitações, fazendo reparos nas construções e controlando as provisões. Em pouco tempo, perceberam que vacas não se adaptavam ao frio. Eram necessários muitos recursos naturais para mantê-las. Mas não queriam abrir mão da carne bovina -nem de velhos hábitos. Importavam da Noruega artigos religiosos (sinos, vitrais, castiçais, vinho, linho, seda, prata e joias) e artigos de luxo para os membros da elite. Ferro e madeira ficavam em segundo plano. Exportavam lãs e peles de animais, ursos polares vivos e mortos, chifres de narval (uma espécie de baleia) vendidos como chifres de unicórnio e presas de morsa. 


Frio e teimosia 

As menores alterações no clima eram suficientes para afetar as pastagens de feno e a quantidade de gelo no mar, o que influía diretamente na caça às focas e nas atividades comerciais da pequena civilização. E o tempo foi esfriando cada vez mais, a ponto de isolar a ilha. A madeira, já escassa, acabou de vez. Além das construções, os nórdicos usavam lenha e carvão para fundir metal e para aquecer a água. 
A turfa - vegetal musgoso que recobre o solo - passou a substituir a madeira nas casas e nas fogueiras. Sem essa "pele" natural, a erosão e os ventos fortes deixaram o solo fraco e pouco produtivo. O metal começou a ser reaproveitado até perder a utilidade. Colher feno, esquartejar uma carcaça ou tosquiar uma ovelha passaram a ter grande grau de dificuldade. Enquanto isso, do lado "não explorado" da Groenlândia, os inuits (esquimós) pescavam baleias e focas, usavam gordura de baleia para se aquecer e faziam suas casas de gelo, de acordo com Jared Diamond no livro Colapso. 
O bloqueio cultural dos colonizadores os impediu de se aproximar do grau de adaptação dos inuits, e a sociedade viking definhou. Vacas, cabras e até cães de caça foram comidos. As pessoas morreram de frio e fome. A sociedade nórdica desapareceu da Groenlândia em 1400.

Fonte: www.super.abril.com.br/

Você sabia que combate medieval é um esporte? E o Brasil quer participar.

 Os esportes de contato vivem um período de alta no Brasil, com o crescimento do público e do número de praticantes de três modalidades: MMA, futebol americano e rúgbi. E uma nova mania mais ousada está fazendo a cabeça de um grupo formado por 20 pessoas. Usando um pouco de cada um dos três esportes já citados, eles querem vestir armaduras e empunhar espadas e escudos em um evento que já tem status de mundial.
 É o Battle of the Nations, competição do que se chama de combate medieval. O evento estreou em 2009, com quatro países na disputa, e cresceu rapidamente ano a ano, a ponto de a edição de 2014 já contar com cerca de 20 nações no campo de batalha que será montado na Croácia.
Até os hermanos da Argentina entraram no Mundial, e agora é o Brasil quem quer fazer parte da batalha. Um grupo dividido em dois núcleos com atuações na cidade de São Paulo e no interior paulista quer virar a seleção brasileira de combate medieval. Mesmo que o país não tenha vivido uma Idade Média como a europeia – e nem os argentinos viveram, é claro – o gosto por história e especificamente por esta época é que os move.
João Uberti, um professor de inglês de 32 anos, está no meio destes 20 "guerreiros". Desde a adolescência ele aprecia as batalhas medievais e, quando soube de uma competição grande como o Battle of the Nations, viu a oportunidade de dar um passo além e experimentar de fato a emoção de lutar. Ele explicou ao UOL Esporte um pouco deste esporte que é novo, mas que bombou rapidamente na Europa e nos Estados Unidos.
O combate medieval tem uma longa lista de regras, que vai desde o modo de disputa a itens bastante específicos relacionados às armas e armaduras.
"Existem dois tipos principais de disputa: o duelo, que são combates individuais, e as batalhas em grupo, com times de vários tamanhos, sendo formados por equipes de cinco, 11 ou, na maior batalha, 21 contra 21", conta o paulista. "Na batalha, o objetivo é derrubar os adversários do outro time, e vence quem sobrar em pé, numa melhor de 3 rounds. No duelo, a meta é pontuar com golpes limpos no rival."
Se você já estava se preocupando com os riscos de uma luta com espadas e outras armas, pode ficar calmo. Ninguém está ali para se cortar, e o que importa é o impacto que estes objetos geram.
"As armas são de aço, sem fio, e as armaduras são totalmente fechadas. Elas absorvem boa parte do impacto, que é um impacto ainda capaz de derrubar uma pessoa, porém sem machucá-la", explica Uberti. "E existem muitas regras de segurança para garantir a integridade dos competidores. Por exemplo, não pode golpear no pescoço, nem na direção da cervical e não é permitido atacar com a ponta da espada, mesmo que ela não seja afiada."
O Battle of the Nations costuma ser realizado em um grande festival medieval, em que os trajes típicos e a cultura de várias épocas são trazidos aos dias de hoje. Toda esta preocupação também compete aos times que disputam o Mundial.
Tanto que não basta aparecer com uma armadura qualquer, é preciso que ela represente fielmente uma armadura que foi usada na Idade Média, gerando um grande trabalho de pesquisa em livros e museus. Isso faz com que o preço de se produzir um equipamento desses, que nos casos mais simples não sai por menos de US$ 1.500, cresça ainda mais de acordo com os detalhes que precisam ser ornamentados. Os reparos depois de cada combate encarecem ainda mais a modalidade.

Em campo, um competidor carrega cerca de 30 kg juntando armadura e elmo - tudo tem de ser feito de aço. Mas João Uberti explica que a distribuição de peso por todo o corpo faz com que não se sinta tantas dificuldades e que ainda assim é possível se movimentar com agilidade e atacar com precisão."As armas são de aço, sem fio, e as armaduras são totalmente fechadas. Elas absorvem boa parte do impacto, que é um impacto ainda capaz de derrubar uma pessoa, porém sem machucá-la", explica Uberti. "E existem muitas regras de segurança para garantir a integridade dos competidores. Por exemplo, não pode golpear no pescoço, nem na direção da cervical e não é permitido atacar com a ponta da espada, mesmo que ela não seja afiada."
O Battle of the Nations costuma ser realizado em um grande festival medieval, em que os trajes típicos e a cultura de várias épocas são trazidos aos dias de hoje. Toda esta preocupação também compete aos times que disputam o Mundial.
Tanto que não basta aparecer com uma armadura qualquer, é preciso que ela represente fielmente uma armadura que foi usada na Idade Média, gerando um grande trabalho de pesquisa em livros e museus. Isso faz com que o preço de se produzir um equipamento desses, que nos casos mais simples não sai por menos de US$ 1.500, cresça ainda mais de acordo com os detalhes que precisam ser ornamentados. Os reparos depois de cada combate encarecem ainda mais a modalidade.
Em campo, um competidor carrega cerca de 30 kg juntando armadura e elmo - tudo tem de ser feito de aço. Mas João Uberti explica que a distribuição de peso por todo o corpo faz com que não se sinta tantas dificuldades e que ainda assim é possível se movimentar com agilidade e atacar com precisão.

Fonte: http://esporte.uol.com.br/

Os vikings invadiram Dublin

Historicamente falando, Viking é um termo habitualmente usado para se referir aos exploradores, guerreiros, comerciantes e piratas nórdicos que invadiram, exploraram e colonizaram em grandes áreas da Europa e das ilhas do Atlântico Norte a partir do final do século VIII até meados do século XI.
No final do século VIII e durante o século IX os vikings, vindos da atual Escandinávia, começaram a invadir e, depois, a gradualmente se estabelecer e se misturar à sociedade irlandesa.
Os vikings fundaram Dublin, a cidade capital da Irlanda, em 988. Depois da derrota dos vikings por Brian Boru, Grande Rei da Irlanda, em Clontarf em 1014, a influência viking diminuiu.
Bom agora que você já esta por dentro da parte histórica quero compartilhar com você como a população irlandesa trata a sua história. Além da era dos vikings, houve também a era do Catolicismo e muitas outras e não pensem que os irlandeses renegam seu passado.
O ano de 2014 marca o aniversário de 1000 anos da Batalha de Clontarf e da Morte de Brian Boru, antigo rei irlandês. Como parte de um programa nacional de eventos para comemorar este milênio, durante os dias 19 e 20 de abril a Battle of Clontarf Viking Festival no St Anne’s Park, uma belo parque afastado da área central mas suficientemente completo pra de fazer esquecer dos problemas.
O parque foi transformado em uma vila Viking, e estima-se que mais de 40 mil pessoas estarão presentes por lá nesse final de semana de páscoa.   A tradicional encenação da batalha, evento anual na Irlanda, aconteceu nesse sábado e será apresentada novamente no domingo. Estima-se de que esta seja a maior edição da história do evento.
Além dos milhares de visitantes esperados, o evento contará com mais de 300 vikings devidamente trajados e bêbados. O incrível do evento é que você se sente, completamente em outra era e se questiona do que você realmente precisa pra viver

Fonte: www.estevampelomundo.com.br

Castelo de Bran

Originalmente construído pelos cavaleiros da Ordem Teutônica, em 1212, fica nos limites de Bran, na Romênia. Situado nas colinas, esse castelo pitoresco tem laços estreitos com a lenda do Drácula e foi convertido em um museu popular entre os turistas que visitam a área.

É um monumento nacional e marco histórico da Roménia. A fortaleza situa-se na fronteira entre a Transilvânia e a Valáquia, pela estrada 73, encravado na floresta no sopé dos Cárpatos.


Lentilhas com alho-poró


Ingredientes:  
- 2 xícaras de lentilhas1 alho-poró grande, cortada em anéis 
- 1 colher de sopa de coentro 
- 1 1/2 colheres de chá de semente de coentro moído 
- 2 dentes de alho picados 
- 1 colher de chá de folhas de hortelã picado secas ou 1 colher de sopa de hortelã fresca, picada 
- 1 colher de chá de sementes de aipo
- 2 colheres de chá de vinagre de vinho branco 
- 2 colheres de sopa de mel 
- 2 xícaras de caldo de legumes ou carne 
- 1/2 xícara de vinho tinto, reduzido pela metade 
- 1/4 de xícara de Azeite de oliva
- 1 colher de sopa de Azeite de oliva
- 1/8 colher de chá de pimenta
- Migalhas de pão ou farinha para engrossar 
- Sal a gosto

Preparação:
- Cozinhe as lentilhas em água fervente com sal até ficar al dente, cerca de 15 minutos. 
- Escorra, lave e volte para a panela. 
- Adicione alho-poró e coentro. 
- Moer juntos semente de coentro, alho, hortelã, semente de aipo, e 2 colheres de chá de vinagre, e adicionar à panela. 
- Adicione o mel, caldo de carne, o vinagre restante, o vinho reduzido, e 1/4 xícara de óleo de oliva. 
- Cozinhe por mais 30-40 minutos, até que as lentilhas estejam macias e alho-poró são cozidos. 
- Se necessário, engrosse com migalhas de pão ou farinha. 
- Retire a travessa, regue azeite restante por cima e polvilhe com pimenta moída.

Fonte: http://acozinhamedieval.blogspot.com.br/

Você está preparado para a temporada de invasões e saques vikings?

A Dinamarca é a histórica e espiritual casa dos Vikings. ancestrais dinamarqueses que exploraram, instalaram-se, comercializaram e saquearam pelo mundo afora durante o período histórico conhecido como a era Viking. 
A Certidão de Nascimento da Dinamarca
Uma vez temido na Europa por invasões e saques, os vikings de hoje são pacíficos e há muito tempo trocaram seus barcos longos por bicicletas. Mas se você quer tirar gosto da cultura Viking e o jeito deles de viver, não pode deixar de conhecer a Dinamarca!
Monumentos Vikings
Jelling, na Jutlândia, é um Patrimônio Mundial da UNESCO. O lugar perfeito para você poder caminhar entre runas com milhares de anos, colocadas no local pelos reis vikings e que ainda estão de pé no meio de enormes túmulos. Em uma das maiores pedras, pode-se ler uma inscrição do Rei Harald Bluetooth. Esta certidão de nascimento nacional afirma que ele uniu a Dinamarca e trouxe o cristianismo para o novo reino. O centro de visitantes, Jelling Real, te levará pela história dos monumentos de mais de 1.000 anos, enquanto que o Museu Pré-histórico de Moesgård possui muitas outras fascinantes pedras rúnicas vikings.
Barcos vikings
A Dinamarca está coberta de monumentos vikings. O Barco Ladby (Ladby Ship) em Funen é um barco viking em que um chefe viking foi enterrado com todas as suas posses. Também em Funen, está a pedra rúnica de Glavendru, que mostra a mais longa inscrição viking. Você também pode visitar a vasta área em forma de barcos dos montes funerários vikings. Em Lindholm Høje, próximo a Aalborg, você pode caminhar pelo maior cemitério antigo da Escandinávia. E que tal fazer uma excursão por todos os tesouros vikings?
Os vikings dominaram a região graças ao seu forte domínio do mar e suas habilidades como construtores de barcos, assim como guerreiros. A aproximação de seus barcos espalhava o medo no coração das pessoas e você pode testemunhar este poder no Museu do Barco Viking em Roskilde. Por lá, cinco barcos vikings originais estão expostos, tendo sido resgatados do fundo de um fiorde nas redondezas.
Dentre todas as relíquias vikings ainda visíveis, suas fortalezas circulares são algumas das mais impressionantes. Caminhe por entre algumas das maiores no Castelo de Trelleborg e Fyrkat. Todos estes locais têm museus fascinantes para que você possa descobrir mais e ver artefatos encontrados nas fortalezas. No verão, você pode aproveitar os mercados vikings e as encenações de suas  batalhas.
Existe um pouco de viking em todos nós. Jovem ou velho dividem a fascinação sobre suas histórias e o seu modo de viver. Então tanto se você quiser tentar viver como um Viking ou mergulhar em sua história e cultura a Dinamarca oferece tudo.
Você está preparado para a temporada de invasões e saques no verdadeiro estilo viking?
Não importa aonde você vá na Dinamarca, vai ter sempre um pedaço da história Viking perto de você.

Fonte: http://www.embarquenaviagem.com/

Espetáculo “Noite Celta – A lenda de Deirdre” no Teatro Paiol Cultural, em São Paulo

O musical “Noite Celta – A lenda de Deirdre” faz temporada do dia 12 de março a 30 de abril de 2014, no Teatro Paiol Cultural ( Rua Amaral Gurgel, 164 ), em São Paulo / SP. As apresentações são as quartas, às 21h. O ingresso custa R$ 40,00.
A peça é baseada na lenda celta de Deirdre e Naois, onde fala sobre uma mulher que foi amaldiçoada desde o ventre de sua mãe a colocar um reino inteiro em ruínas. Para aplacar a maldição e ainda assim impedir a morte da criança, o rei Conaccher ordena que a menina seja criada longe de todos até atingir a maturidade.

Fonte: http://mais.sortimentos.com/

Castelo Veliki Tabor

Construído no século XII e agora um membro Património Mundial da UNESCO, fica na bela região de Zagorje, na Croácia. O castelo já foi propriedade da nobre família Ratkaj e do pintor Oton Iveković. O Castelo fica a poucos quilômetros mais ao sul de Krapina.
A lenda diz que era um lugar bárbaro onde ocorreu a tragédia de amor entre a jovem camponesa, Veronika Desinicka e Friedrich Celjski. O telhado é composto de doze diferentes materiais. Este castelo é propriedade do Estado, que gerenciá-la como um museu e um centro turístico.  Antes foi propriedade real na época do Rei Matthias Corvinus I.

Vila viaja até à Idade Média para celebrar 630 anos da Batalha dos Atoleiros

A vila alentejana de Fronteira vai fazer uma viagem no tempo até à Idade Média, entre sexta feira e domingo, por ocasião das comemorações dos 630 anos da Batalha dos Atoleiros.
Segundo o presidente da Câmara de Fronteira, Rogério Silva, o centro da vila vai ser o palco de uma feira medieval, que integra a recriação de uma torneio de armas a cavalo, um mer
cado de venda de escravos e a convocatória aos cavaleiros vilãos para a Batalha.
Música, dança, artes visuais, exposições e worhshops, são outros atrativos da feira medieval, na qual se inscreveram meia centena de expositores de vários pontos do país, com “bastante e diversificada oferta”.
Devido a condicionantes de ordem financeira o município optou por não fazer este ano a recriação histórica da Batalha dos Atoleiros, que passa a realizar-se de dois em dois anos.
O presidente da Câmara de Fronteira explicou que realizando apenas a feira medieval o investimento é de cerca de 25 mil euros, montante que sobe para perto de 100 mil euros se for feita a recriação histórica da Batalha.
Nesse sentido, e apesar de considerar a recriação histórica da Batalha dos Atoleiros, um “elemento importante” das comemorações, o autarca argumenta que neste momento de contenção é preciso “ter os pés bem assentes na terra”.
Do programa das comemorações dos 630 da Batalha dos Atoleiros destaque ainda para as cerimónias militares evocativas da efeméride agendadas para domingo na Avenida Heróis dos Atoleiros naquela vila alentejana.

Fonte: http://www.radioportalegre.pt/

Alimentação, capital e luxo no século XV e XVI.

No livro Civilização Material, Economia e Capitalismo Séculos XV – XVIII: As Estruturas do Cotidiano de Fernand Braudel há dois capítulos voltados a agricultura e alimentação, sendo um voltado as classes menos abastadas, ou seja, alimentação e rotina de plebeus e algumas classes baixas e o outro voltado a nobreza e aos burgueses exaltando a relação de banquetes e especiarias com o luxo e a defesa de que este modelo foi a criação do modelo do capitalismo moderno.

Abordando o tema dos banquetes em seu livro vemos como a nobreza e a burguesia fazia girar o capital e o comércio para expor seu nível social perante as iguarias, preparo e aparência. Podemos ver no trecho do livro As estruturas do Cotidiano de Braudel na pagina 164 a seguinte afirmação:

Mas devemos dizer, como Werner Sombart, que o defendeu com veemência, que o luxo inaugurado pelas cortes dos príncipes do Ocidente (de que a corte pontifícia de Avignon é protótipo) foi o impulso do primeiro capitalismo moderno? Antes do século XIX e das sua inovações, não foi o luxo multiforme, mais do que elemento de crescimento, sinal de um motor muitas e muitas vezes a girar no vazio, de uma economia incapaz de utilizar eficazmente os seus capitais acumulados? Por isso afirmamos que certo luxo foi, não pode deixar de ser, uma verdade, uma doença do Ancien Régime, foi, durante a Revolução industrial e continua por vezes a ser uma utilização injusta, malsã, brilhoso, antieconômica dos “excedentes”  numa sociedade inexoravelmente limitada no seu crescimento.

Na parte referente a uma alimentação mais rebuscada e bem elaborada vemos grande referência da China e da região arábica que já formavam pratos bem equilibrados buscando a perfeição em aparência e sabor, tudo é claro se utilizando do que estava disponível que muitas vezes não era muito, mas onde entra o ocidente, em especial as cidades italianas. Somente no século XV que há a entrada da culinária como arte nestas cidades ricas pois era uma produção cara, junto a estes banquetes e festins pode-se ver a criação dos protocolos e seus preceitos. Neste período vemos a criações das especialidades de cada região como os salpicões e paios de Bolonha, o Zampone (Pernil recheado) de Módena, empadas de Ferrara, a cotognata (marmelada) de Reggio, o queijo e os gnocchi de alho de Piacenza e o de nosso foco em pesquisa em Florença os caci marzolini. Infelizmente a França tinha muito dos conceitos orientais em relação a cozinha permitindo a criação de pratos bem elaborados para todas as classes.

Um dos pratos mais bem vistos e um dos mais caros são as carnes em suas mais diversas vertentes, mas vamos nos atentar ao fato que as aves que não voam eram muito discriminadas pela nobreza pois a consideravam impuras, galinhas por exemplo eram pouco comidas nas classes mais altas enquanto patos e gansos eram vistos com bons olhos. As carnes eram servidas das mais diversas maneiras, mas as principais entre os banquetes ou festins eram as que levavam um leve sabor agridoce seja ao molho de mel, maçã, laranja e outras frutas mais exóticas como o damasco sobrando as pobres as vísceras em particular as tripas que muitas vezes eram recheadas, já com alguns órgãos de aves eram feitos patês e alguns antepastos. As carnes e seus ensopados eram vistos como fortificantes ou até mesmo uma espécie de remédio, pois diversas vezes eram recomendadas e utilizadas para o tratamento de alguns males.

Algo que hoje nos parece comum era de extrema dificuldade de se conseguir, a água, muitas vezes nos perguntamos como funcionava o seu armazenamento ou extração. Um dos principais meios utilizados pelas famílias mais abastadas era a construção de cisternas ou a retirada em barris das nascentes ou poços e mesmo assim se mantem mal abastecidos, toda a cidade por sinal se exceção onde muitas vezes era necessário se importar água doce que vinha por embarcações que traziam de regiões mais chuvosas e com melhores condições. Apenas algumas cidades com fundos tinham a utilização de aquedutos. Esta água era muito bem guardada pelas classes mais baixas e já com as classes mais altas havia certo consumo exacerbado principalmente para funções secundárias e não para a hidratação.

O consumo de bebidas alcoólicas era relativamente comum o consumo de vinhos em todas as classes e já havia um conceito boêmio no consumo destas bebidas tanto que há um alto-relevo intitulado “Beber para esquecer” dos irmãos Rigoley (Século XVI) onde se enaltece o sentido de beber por prazer. Em contra ponto havia a rotina dos conventos em suas refeições servirem pratos mais simples, mas sempre acompanhados de vinho. E no mesmo período que as bebidas alcoólicas começam a receber olhares de iguarias há a introdução do café e chá na Europa principalmente como resultado das rotas comerciais a Ásia pelo cabo da Boa Esperança e pelo aumento do comércio por terra com os países arábicos, o chá desde seu principio já era recomendado para fins medicinais e afrodisíacos. Já o chocolate fora introduzido após a primeira metade do séc. XVI sendo trazido do México, este também tinha como elemento medicinal e farmacêutico, é citado na página 221 a seguinte frase. “Ouvi dizer a um dos seus criados que ele [o cardeal] o usava para moderar os vapores do seu baço e que recebera o segredo de umas religiosas espanholas que o trouxeram para a França.” 

É importante deixar claro a relação da alimentação com as diversas classes sociais, como era esta alimentação e como se dava, o luxo/moda era seguida pelos pequenos burgueses e pobres somente quando tais alimentos estavam em baixa e já havia um substituto levando a formação de uma espécie de consumismo os fazendo se sentir mais nobres, e este é um dos fatores que leva muitos pesquisadores a acreditar que a origem do capitalismo moderno se deu nesta passagem de tempo onde as relações comerciais começaram a ditar os costumes.

Referencia: BRAUDEL, Fernand. Civilização Material, Economia e Capitalismo: Séculos XV-XVIII V.1. São Paulo: Martins Fontes, 2005. 

Autor: Jonathan Oliveira

O incrível mapa medieval de monstros marinhos

O mapa do sueco Olaus Magnus da Escandinávia medieval foi originalmente impresso em uma pequena quantidade de tal forma que foi perdido e esquecido por quase 300 anos. Levou 12 anos para o cartógrafo criar, e foi finalmente publicado em 1539 sob o título “Carta Marina.” Apenas duas cópias originais foram encontradas – uma em Munique, e outra adquirida pela Biblioteca da Universidade de Uppsala.

Como outros mapas antigos, o de Magnus é surpreendentemente preciso, especialmente considerando que foi feito por um cartógrafo amador sem ferramentas modernas.

O mapa original tem uma série de redemoinhos desenhados sobre as águas em torno da Escandinávia. Reproduções foram feitas em em cobre em 1572, mas por causa do meio e a escala muito menor, a maior parte dos detalhes foram perdidos, incluindo os redemoinhos. Foi somente com a redescoberta do mapa original muito mais detalhado que as “decorações” foram finalmente compreendidas. Uma comparação de imagens térmicas modernas mostra que muitos dos redemoinhos e símbolos no mapa correspondem com fenômeno oceânicos.

Quando a corrente do Golfo encontra as águas mais frias do norte, as diferentes de temperatura criam enormes correntes em espiral. Estas são marcadas neste mapa de 1539.

Muitos dos detalhes que estão no mapa vieram de histórias que Magnus ouvia de marinheiros e pescadores, que foram capazes de apontar exatamente onde estes fenômenos ocorriam. Eles também contaram histórias de monstros do mar, que Magnus também incluiu no seu mapa, juntamente com descrições completas dos monstros em um texto.

São estes desenhos que realmente são surpreendentes. Alguns são interpretações de criaturas que agora sabemos que são reais, como a arraia, o polvo, o peixe-espada, e a morsa – animais que eram considerados monstros na época. O mapa também alerta para ilhas que não eram realmente ilhas, mas sim campos de caça de criaturas enormes tentando enganar os marinheiros para fazer desembarcar nelas, somente para puxá-los para a água.

Apesar de uma boa dose de imaginação, muitos destes seres fantásticos eram inspirados em animais reais, que ganharam uma versão marinha grotesca, incluindo serpentes marinhas engolindo barcos, bestas mitológicas, entre outros.

Magnus tinha deixado sua Suécia natal e se mudou para a Itália a fim de preservar o seu direito de praticar sua fé católica. Para a maioria das pessoas em Roma, o norte era uma terra maravilhosa e misteriosa, e o mapa de Magnus, sem dúvida, fortaleceu essa visão.

Fonte: www.misteriosdomundo.com

Música artesanal

Um ofício medieval que entusiasma jovens universitários a se debruçarem sobre horas de estudos teórico e prático, em busca da excelência na construção de instrumentos musicais. Essa é síntese do que se observa em poucas horas diante de umas das turmas do curso de Luteria da Universidade Federal do Paraná (UFPR), oferecido desde 2009 pela instituição e que tem o foco na produção de instrumentos de corda: violões, violinos e guitarras elétricas.
Assim como nos demais cursos de graduação, Luteria atrai desde jovens que não sabiam qual curso escolher no momento da inscrição do vestibular, até músicos ou pessoas que já tinham contato com a produção de instrumentos. Também há um grupo da terceira idade em busca de uma nova atividade profissional ou a realização de um sonho antigo que ocupam um percentual considerável das vagas.
Só que os três anos de duração do curso acabam promovendo uma segunda seleção entre quem desiste de se formar, dada a dificuldade (um terço da turma de 30 alunos não conclui), e os que se descobrem serem aficionados pela “alfaiataria da música” e, por conta própria, acabam dedicando uma jornada de 10 horas a 12 horas para a Luteria.
Tamanho engajamento levou os três colegas do quinto período a criarem uma oficina na república onde moram, localizada próxima à Escola Técnica da UFPR. “Criamos uma regra para evitar viciar trabalhar no domingo, já que seguimos direto na confecção no próximo instrumento”, comenta o estudante Lucas Guilherme Schafhauser, 26 anos, que veio de Rio Negro (PR) para cursar Luteria. Ele descobriu a vocação pela internet e passou a construir pedal de efeito e amplificador para guitarra. Mas pensar profissionalmente na construção de instrumentos veio após ingressar no curso.
Com o colega de turma e de república, Rômulo de Almeida Rabelo, 23 anos, o apreço pela luteria veio do interesse de “saber como as coisas funcionam”. “Fiquei fascinado com tudo que pesquisei pela internet sobre luteria e, quando descobri o curso da UFPR, ainda esperei um ano para poder me inscrever no vestibular daqui e passar a estudar luteria”, recorda o estudante, que saiu de Carmo do Cajuru, município do interior de Minas Gerais, para se instalar em Curitiba a fim de aprender a profissão incomum.
O terceiro integrante, Bruno Galli Nacli, 23 anos, também veio de uma cidade pequena, do interior paulista, chamada Macatuba (40 km de Bauru) para estudar luteria. “Eu tive muita dificuldade para acompanhar a turma porque não sabia muito bem qual profissão seguir”, revela. “Mas ao término do primeiro ano e do primeiro violão pronto, tive um sentimento maravilhoso, de escutar o som um instrumento produzido por mim. E todo o esforço de passar horas trabalhando naquilo foi recompensado”, acrescenta.
O sonho comum ao trio é produzir o melhor instrumento para ser tocado por um grande músico capaz de explorar da melhor forma possível a obra desses alfaiates da música. No caso do estudante mineiro, o artista que melhor utilizaria uma viola caipira produzida por Rabelo é Almir Sater. “Certamente eu saberia até onde um instrumento feito por mim poderia alcançar”.

Tem que estudar pra valer

O curso tem uma pesada carga teórica: classes de acústica, química aplicada, desenho técnico e até língua estrangeira. Tanto é que em sua primeira turma o curso teve cerca de 60% de evasão. “Muitos alunos caíam de paraquedas, sem saber do que se tratava, e acabavam desistindo”, conta o vice-coordenador Thiago Corrêa de Freitas. “Nosso objetivo é preparar profissionais para construção de instrumentos musicais de primeira linha para o mercado de restauração e produção de instrumentos de corda, por isso somos criteriosos na avaliação”, ressalta.
Os alunos começam a pôr a mão na massa – ou melhor, na madeira – já no primeiro semestre. Todos são incumbidos de construir um violão logo no começo do curso, tarefa que leva um ano inteiro. A partir do terceiro período, começam a fazer um instrumento por semestre. Apesar de haver poucas mulheres no curso, Thiago garante que a causa não é a falta de força física: o segredo da luteria está no jeito, na habilidade.

Fonte: www.cacadores.parana-online.com.br