Embarcações nórdicas representadas na Tapeçaria de Bayeux. Museu da tapeçaria, Bayeux |
Segundo lendas vikings, os navegadores do Atlântico Norte costumavam apontar um cristal em direção ao céu para descobrir a posição do Sol em dias de céu encoberto. Por muito tempo a prática foi considerada um mito, até que arqueólogos levantaram a hipótese de que o método poderia ter base científica e de que a pedra usada seria a calcita, cristal comum na Escandinávia.
A explicação do fenômeno está relacionada à polarização da luz. Normalmente, para cada onda eletromagnética de uma fonte luminosa há um feixe que vibra em um plano perpendicular. Assim, a dispersão dos raios em moléculas de ar provoca a polarização, cuja tangente fica visível mesmo quando há nuvens ou neblina. Dessa maneira, ao segurar um cristal e girá-lo é possível verificar a direção da polarização e deduzir a posição do Sol.
Recentemente, os pesquisadores Gábor Horváth, da Universidade de Eötvös, de Budapeste, e Susanne Åkessor, da Universidade de Lund, na Suécia, testaram o método e concluíram que a polarização ocorria de modo similar em dias límpidos e de céu encoberto. Ainda faltam, porém, provas arqueológicas de que os vikings utilizavam esse método, como lembra o pesquisador Seán McGrail, da Universidade de Oxford.
Fonte: www.uol.com.br